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A POESIA ÁRCADE E A INCONFIDÊNCIA MINEIRA

               Por volta de 1786, uma determinada situação agravava-se na região de Minas Gerais. A vista grossa à derrama por parte da coroa portuguesa e os altos impostos atingiram intensamente a classe mais abastada de Minas Gerais, composta por padres, poetas, coronéis e capitães que, pouco depois, conspirariam contra os exageros e desejos luxuosos da coroa portuguesa, também caracterizados pelo barroco. Mais tarde, estes seriam conhecidos como inconfidentes, até porque inconfidência, em tal contexto, expressava "falta de fidelidade ao rei".
                Os inconfidentes identificaram-se com o arcadismo, uma vez que este possuía características condizentes com seus ideais, tais como cortar o inútil (inutilia truncat), mediocridade áurea (aurea mediocritas), crítica à vida nos centros urbanos, entre outros aspectos que prezavam a simplicidade, opondo-se ao conceito de vida luxuosa da coroa portuguesa e seus derivados. Tal série de fatores permitiu aos inconfidentes o uso do arcadismo como forma de contestação. Desse modo, a publicação de "Obras poéticas", de Cláudio Manuel da Costa, foi um dos maiores marcadores do início do arcadismo no Brasil.
                O modo com o qual o arcadismo foi usado para criticar o estilo de vida da coroa não foi muito discreto, como vemos num fragmento de "Égloga III - Albano", de Cláudio Manuel da Costa, "Alguém há de cuidar que é frase inchada daquela, que lá se usa entre essa gente, que julga que diz muito e não diz nada". A forma com a qual se criticava tal luxo e complexidade desnescessárias atingiam diretamente àqueles que usufriam do mesmo, como a coroa portuguesa.  Esta, por sua vez, através da denúncia de Joaquim Silvério dos Reis, deteve os líderes do movimento e os enviou para o Rio de Janeiro, onde apenas Tiradentes foi excutado e os demais inconfidentes tiveram a pena comutada.
               
Por fim, apesar do modo com o qual o movimento dos inconfidentes terminou, ainda podemos afirmar que o arcadismo foi, não só uma nova linha de interpretação de necessidades e luxos, como foi, também, o “elemento-chave” para as contestações dos inconfidentes diante do cenário problemático no qual estes estavam inseridos.